Street Fighter Alpha 3 Max
Round 1. Fight! Quem viveu a primeira metade da década de 1990 provavelmente ouviu falar muito dos jogos de luta, uma verdadeira febre que deu origem a tantos clássicos. E o grande responsável por iniciar a onda foi um jogo da Capcom, "Street Fighter II", que influenciou, em maior ou menor grau, todos os games de luta que vieram depois.
"The King of Fighters", "Samurai Shodown", além dos próprios jogos da Capcom e até mesmo os games de luta em 3D, como "Virtua Fighter" e "Tekken", usaram os conceitos desse que é um dos títulos mais influentes da história. Com tanto sucesso, a produtora não demorou a lançar novas versões e até mesmo uma série paralela, chamada "Alpha", cujo intuito seria contar a origem dos lutadores.
Agora, a produtora coloca praticamente tudo que produziu sobre a série "Street Fighter Alpha" num único UMD. Trata-se de uma conversão perfeita da versão lançada para os fliperamas, com todas as facilidades de uma edição doméstica, além de funções exclusivas para o portátil da Sony.
A volta dos Hadoken e Shoryuken
"Street Fighter Alpha 3 Max" é um típico jogo de luta 2D, que, em sua essência, não mudou muito desde o primeiro "Street Fighter II". Assim como os concorrentes e até mesmo as outras séries da Capcom, como "DarkStalkers" e as edições que se misturam com os heróis da editora Marvel trouxeram propostas cada vez mais mirabolantes, o sistema do presente título também acompanhou a evolução do tempo.
Como mencionado, é praticamente uma compilação de tudo que a produtora já inventou para a série e um pouco mais. Ao iniciar o game, o primeiro espanto. São simplesmente quinze opções, entre modalidades de partida e de configuração. Entre os tradicionais modos de Arcade e Versus, estão outros menos conhecidos, como o Dramatic Battle e o VS Kumite 100.
Na hora de escolher os personagens, mais surpresas. São simplesmente 37 personagens, vindos de todos os "Street Fighter" já lançados até hoje e até de séries paralelas, como "Final Fight", que originalmente tinha o nome de "Street Fighter 89". Além de todos os lutadores das franquias "Street Fighter II", "Super Street Fighter II" e "Alpha", também traz nomes do primeiro game, também chamado de "Fighting Street", e da terceira edição.
Como se não bastasse, ainda traz lutadoras como Ingrid, de "Capcom Fighting Jam", e Maki, de "Final Fight II", jogo exclusivo do Super NES. Em jogos de luta, é costume ter alguns personagens escondidos, mas sobraram apenas três no game, que são versões mais poderosas de Akuma, Vega e M. Bison.
Escolha seu jeito de lutar
Porém, as opções não param por aí. Cada um dos lutadores ainda possui três tipos de "personalidade", chamados de Ism System. O X-Ism faz com que os personagens tenham um controle similar ao de "Super Street Fighter II Turbo", que traz menos golpes e apenas um Super Combo, mas tem um poder de ataque mais alto.
Já o Z-Ism imita o sistema do primeiro "Street Fighter Alpha", com vários Super Combos e cada um deles com três níveis de força. Por fim, o V-Ism emula "Alpha 2", em que o próprio jogador "monta" seu Super Combo, em tempo real, escolhendo golpes dentro do repertório do lutador. Trata-se de um modo mais avançado.
Nos modos Z e V, ainda pode-se usar um contra-ataque após a defesa e bloqueios aéreos, além de poderem recuperar o equilíbrio no ar ou rolar no chão quando for derrubado. Existe também o I-Ism, um sistema especial da modalidade World Tour, que permite desenvolver um personagem ao gosto do jogador.
Quando a ação começa, nota-se que se trata de uma cópia fiel ao original, com as mesmas animações e desenhos. Mais uma vez, a tela do PSP confirma sua qualidade, mostrando com clareza cada pixel dos lutadores e com cores vivas. Como a tela é pequena, dá a impressão que é até mais bonito que a edição para fliperama.
As animações podem parecer um pouco "puladas" para os padrões de hoje, mas não chegam a comprometer o resultado final. Mas a falta de padronização no desenho dos lutadores pode incomodar os mais exigentes. A série "Alpha" tem um estilo que lembra um desenho animado, com sombras chapadas, mas os lutadores que vieram diretamente de "Super Street Fighter II", como Dee Jay, tem um desenho mais volumoso.
Adaptando se aos comandos
Quem já jogou um game de luta em 2D no PSone ou no PlayStation 2 sabe que seu joypad não é exatamente adequado para esse tipo de jogo. Nesse sentido, o direcional do PSP é melhor que os dos controles acima citados, mas está longe de ser perfeito. A produtora até inventou um adaptador que se encaixa no direcional, visando ajudar os jogadores a terem melhor controle sobre os golpes.
Outro problema está na posição e quantidade dos botões. "Street Fighter Alpha 3" é um game que é necessário usar quase todos os seis tipos de golpes básicos, ou seja, os três níveis de soco e os três de chute. Além disso, alguns movimentos, como os arremessos, exigem a pressão de mais de um botão por vez, e isso pode ser complicado dependendo da configuração.
Enfim, faltam botões para configurar funções extras, como certos golpes especiais ou uma seqüência específica. Para quem está com dificuldade, é possível ativar uma opção que facilita soltar os golpes especiais. Além disso, é possível ativar os movimentos, mesmos os mais complicados, apenas com um botão.
As modalidades de partidas são bastante amplas. Há desde o Arcade, que conta a história de cada personagem, até um modo que se enfrenta cem inimigos em seqüência. A Dramatic Battle permite escolher uma dupla para bater num único oponente ou encarar dois inimigos com um único lutador.
Os modos mais duradouros talvez sejam os modos de edição de lutadores e o de World Tour. No primeiro, o jogador poderá "montar" seu personagem e muda-lo em vários aspectos e, no segundo, enfrentará vários tipos de luta e ficará cada vez mais forte ao acumular experiência e ganhar nível. Esses lutadores editados ou evoluídos podem ser cadastrados no Entry Mode e usados em alguns dos outros modos de jogo.
Revivendo os duelos
Porém, a verdadeira diversão está mesmo nos modos multiplayer, via rede local. Infelizmente, ainda não foi desta vez que as lutas de "Street Fighter" foram para o ambiente online. No caso, dois PSP poderão participar de combates versus, e até três na opção Dramatic Battle. Além disso, até oito jogadores podem participar de um minitorneio ou de ligas. Em condições normais, os confrontos funcionam perfeitamente, sem lentidão, mas isso pode ocorrer se houver interferências.
Os gráficos do game são uma transcrição direta da edição para arcade. Conforme a preferência, o usuário pode optar por esticar a tela, deixando as imagens um pouco fora de proporção, ou escolher ter faixas laterais, porém com proporção correta. O ritmo do jogo fica um pouco prejudicado pela carga de dados, um pouco lentas.
O som também veio direto dos fliperamas. As versões "Alpha" já não têm mais aquelas melodias memoráveis da época de "Street Fighter II" e sobraram apenas composições que apenas preenchem espaços, com uma sonoridade artificial. Ao menos, as diversas vozes animam as batalhas, com cada lutador gritando o nome de seu golpe. O narrador parece mais um animador de auditório que um apresentador de artes marciais, mas condiz com o clima de festa que é esta quase coletânea.
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